quarta-feira, 6 de julho de 2011

O Partido Progressista Não é Assim

Sinto que não me devo calar ante o que está acontecendo. Manifesto-me em respeito aos milhares de filiados do partido e das centenas de participantes dos retiros, cursos, seminários e grupos de estudo que promovemos pela Fundação Tarso Dutra da qual sou fundador e Diretor Administrativo e Financeiro.

Têm sido frequentes as notícias veiculadas na mídia estadual sobre a posição do PP/RS em relação ao governo Tarso Genro. Por isso, considero importante lembrar que:

• o PP/RS integrou a coligação derrotada na eleição de 2010 para o governo estadual;
• a oposição não é apenas a posição natural de quem perde uma eleição, mas é a única posição moralmente aceitável;
• a nossa senadora Ana Amélia atuou, naquela campanha, contra a coligação vencedora e tem sido fiel aos votos recebidos;
• o nosso partido tem doutrina, visão de história, formas e limites de ação que lhe impõem, no âmbito estadual, balizas morais sobre quem pode e quem não pode ser admitido como aliado, bem como a quais governos deve ou não deve conceder apoio.

Tais balizas são tão evidentes que se torna desnecessário explicitá-las. Cada progressista sabe o quanto somos, em tudo que importa, diferentes do petismo gaúcho. Transcrevo abaixo a manifestação do fundador e primeiro presidente da Fundação Tarso Dutra, na Coluna Página 10 da edição de hoje de Zero Hora sobre o comportamento do Partido na atual conjuntura estadual. Sob o título Ambiguidade, lê-se na matéria a seguinte afirmação de Percival Puggina:

"Essa ambigüidade afronta a doutrina partidária. PP e PT não deveriam ser líquidos nem miscíveis. A política precisa expressar o antagonismo das ideias. Dizer-se que fazemos agrados ao governo para que nossos prefeitos não sejam prejudicados é uma estratégia que ofende o governo e apequena o partido". E conclui a jornalista Rosane de Oliveira: Puggina louva a conduta dos deputados "que ainda resistem ao que chama de constrangedora operação adesista".  

Vale acrescentar que essa ambiguidade contraria o que foi decidido em reunião do Diretório Estadual, logo após as eleições do ano passado, quando claramente, pela maioria dos presentes, definiu-se que o PP faria oposição ao governo estadual eleito, dentro dos elevados padrões sempre positivos e construtivos que marcam o compromisso do partido com o bem do Rio Grande do Sul.

Peracchi Barcellos
Diretor Administrativo e Financeiro da FTD e Fundador

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